[Por: Joaquim Armindo]
A Cúpula dos Povos, reunida sob o tema “A terra não está à venda”, é um evento paralelo à COP30 que reúne movimentos sociais, organizações indígenas, ambientalistas e representantes da sociedade civil de diversas partes do Brasil e do mundo. O encontro destaca-se por dar voz às comunidades historicamente marginalizadas nos processos oficiais de negociação climática, sendo um espaço de denúncia, mobilização e construção de propostas alternativas ao modelo econômico dominante. Durante a COP30, a Cúpula dos Povos, também realizada em Belém, entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, onde cerca de 3 mil indígenas e uma delegação de 100 missionários do Cimi (Conselho Indigenista Missionário, da Conferencia Episcopal Brasileira) participaram. O evento pauta temas como a defesa dos territórios indígenas, a crítica à mercantilização da natureza e as falsas soluções climáticas, além do enfrentamento ao avanço do agronegócio, mineração e uso de agrotóxicos. A Cúpula reafirma que a luta climática passa, necessariamente, pela demarcação dos territórios indígenas e pela superação de práticas que perpetuam violações ambientais e sociais. Segundo os seus organizadores, a Cúpula dos Povos representa um grito de resistência e justiça, contrapondo-se ao enfoque tecnocrático das negociações oficiais. A mobilização busca pressionar governos e organismos internacionais para que reconheçam e implementem soluções baseadas na justiça social, ambiental e no respeito aos direitos dos povos originários…
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