Como tratas a Héstia: o teu lar e a Terra como Casa comum?

21 de Enero de 2016

[Por: Leonardo Boff]
 
“Atualmente há toda uma nova forma de interpretar os velhos mitos gregos e de outros povos. Ao invés de considerar os deuses e deusas como entidades subsistentes, agora cresce a hermenêutica, especialmente, após os estudos do psicanalista C.G. Jung e seus discípulos J. Hillman, E. Neumann, G. Paris e outros, de que se trata de arquétipos, vale dizer, de ancestrais forças psíquicas que nos habitam e movem nossas vidas. Elas irrompem de forma tão vigorosa que os conceitos abstratos não conseguem expressá-las mas que o são mediante relatos mitológicos. Neste sentido o politeísmo não significa a pluralidade de divindades, mas de energias que vibram na nossa psique.
 
Um desses mitos que contem um significado profundo e atual é aquele da deusa Héstia. Segundo o mito, ela é filha de Cronos (o deus do tempo e da idade de ouro) e de Reia, a grande mãe, geradora de todos os seres. Héstia representa nosso centro pessoal, o centro do lar e o centro da Terra, nossa Casa comum. É virgem, não por desprezar a companhia do homem, mas para poder, com mais liberdade, cuidar de todos os que se encontram no lar. Mesmo assim ela sempre vem acompanhada por Hermes, o deus da comunicação (donde vem hermenêutica) e das viagens. Não são marido e mulher. São autônomos mas sempre reciprocamente vinculados (...)”.
 
Confira o artigo.




[Por: Leonardo Boff]

 

“Atualmente há toda uma nova forma de interpretar os velhos mitos gregos e de outros povos. Ao invés de considerar os deuses e deusas como entidades subsistentes, agora cresce a hermenêutica, especialmente, após os estudos do psicanalista C.G. Jung e seus discípulos J. Hillman, E. Neumann, G. Paris e outros, de que se trata de arquétipos, vale dizer, de ancestrais forças psíquicas que nos habitam e movem nossas vidas. Elas irrompem de forma tão vigorosa que os conceitos abstratos não conseguem expressá-las mas que o são mediante relatos mitológicos. Neste sentido o politeísmo não significa a pluralidade de divindades, mas de energias que vibram na nossa psique.

 

Um desses mitos que contem um significado profundo e atual é aquele da deusa Héstia. Segundo o mito, ela é filha de Cronos (o deus do tempo e da idade de ouro) e de Reia, a grande mãe, geradora de todos os seres. Héstia representa nosso centro pessoal, o centro do lar e o centro da Terra, nossa Casa comum. É virgem, não por desprezar a companhia do homem, mas para poder, com mais liberdade, cuidar de todos os que se encontram no lar. Mesmo assim ela sempre vem acompanhada por Hermes, o deus da comunicação (donde vem hermenêutica) e das viagens. Não são marido e mulher. São autônomos mas sempre reciprocamente vinculados (...)”.

 

Confira o artigo.

Procesar Pago
Compartir

debugger
0
0

CONTACTO

©2017 Amerindia - Todos los derechos reservados.